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16/07/2024

Adolescente de 15 anos assassinada na Paraíba relatou que era vítima de violência, mas não tinha coragem de denunciar



Foto: Reprodução


A adolescente de 15 anos assassinada a tiros em Monteiro relatou em mensagem de áudio que o namorado, Gilson Cruz, de 56 anos, era violento e já tinha feito ameaças com uma arma de fogo (ouça acima). O caso, registrado no final da tarde deste domingo (14), é tratado como feminicídio. Gilson é o principal suspeito do crime e foi preso. As informações são do g1.

 

“Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, né, coragem de fazer mal a ele e para os meus pais, entende?”, afirmou a adolescente Maria Vitória dos Santos no áudio.

 

De acordo com testemunhas, Maria Vitória e Gilson estariam bebendo na casa dele quando uma discussão foi iniciada. Foi nesse momento que o homem teria feito os disparos que matou a adolescente.

 

"Ele atirou mais de uma vez, ele se certificou de fato acertá-la e acertou de uma maneira que não tinha como ela sobreviver", disse o delegado Sávio Siqueira.

 

A prisão do suspeito em Pernambuco

 

De acordo com o delegado Sávio Siqueira, através do monitoramento de câmeras de trânsito, a Polícia Civil conseguiu localizar, por meio da placa do carro, que o suspeito estava em Caruaru. Foi solicitado o apoio da Polícia Militar de Pernambuco, que conseguiu prender o suspeito por volta das 17h, quando ele já estava em Brejo da Madre de Deus.

 

Conforme o delegado Sávio Siqueira, conhecidos relatam um relacionamento com constantes agressões de Gilson contra a vítima. Apesar disso, não existe registro policial dessas agressões na Delegacia de Polícia Civil de Monteiro.

 

O suspeito, no entanto, já foi condenado por lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica contra a própria filha.

 

Conforme informações da delegacia de Monteiro, Maria Vitória conheceu Gilson quando começou a trabalhar na padaria dele há quase dois anos.

 

g1