O discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU não foi bem
visto por vários segmentos. Foi o que mais se ouviu nesta quarta-feira no
Congresso Nacional. De ambientalistas à imprensa internacional, passando por
presidentes de nações integrantes da ONU e defensores dos direitos humanos. Mas
o que isso quer dizer? Nada. Pelo menos, para os defensores ardorosos do
presidente.
Bolsonaro foi à ONU não para se mostrar como estadista,
defensor das minorias (o que, aliás, ele nunca disse que era, desde a campanha
eleitoral...), como defensor do meio ambiente, como defensor da paz, como
elemento agregador da realidade mundial, como defensor da união entre as nações,
como defensor do meio ambiente... nada disso.
Bolsonaro foi à ONU para reforçar suas teses, seu estilo,
seu jeito, tudo aquilo que seus seguidores defendem ardorosamente. Bolsonaro
foi à ONU para agradar todos aqueles que defendem seu modo de se portar,
independente de quem desagrade. Bolsonaro foi à ONU para mostrar que existe uma
nova ordem no Brasil, pela qual correntes ideológicas contrárias ao seu
pensamento devem ser aniquiladas – o que ele não faz a mínima questão de esconder
de ninguém.
Então, porque criticar o presidente? Afinal, ele agradou a
que tinha que agradar, no seu modo de ver. Se desagradou a outros, não importa.
São todos “esquerdopatas” e “imprensa lixo”, como afirmam seus admiradores.
Parabéns, Bolsonaro. Dentro de sua estratégia, você está absolutamente certo.
Independente dos prejuízos que isso possa causar. Ao país ou ao governo.