O assunto mais comentado nesta quarta-feira (07) aqui em
Brasília foi, sem dúvidas, o impasse sobre as decisões em relação à transferência
do ex-presidente Lula, da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para o
presídio de Tremembé, em São Paulo. A articulação, que começou com uma decisão
de uma juíza e que culminou com o STF barrando a iniciativa, mostrou um “algo mais”
do que a mídia noticiou.
Foi voz recorrente aqui em Brasília, sobretudo no Congresso
Nacional, a ideia de que a decisão da transferência foi uma forma de a Força Tarefa
da Operação Lava Jato mostrar que está viva e que dá as cartas, ainda, na queda
de braços entre seus membros e as sucessivas divulgações de diálogos que põem
em xeque a lisura dos atos da operação.
O problema é que no meio do caminho da transferência de Lula
existe um Supremo Tribunal Federal que foi exposto e, de certa forma,
desrespeitado em algumas da conversas interceptadas. E, neste aspecto, a decisão
de 10 X 1 pela manutenção de Lula em Curitiba significou, para alguns dos
frequentadores dos principais gabinetes do Congresso, que a Lava Jato não tem mais
a articulação jurídica de outrora.
Se voltará a ter, não se sabe. Mas que o recado do STF foi
dado... foi.