Foto: Reprodução/Record TV
Referência do jornalismo esportivo, o locutor Sílvio Luiz
morreu na manhã desta quinta-feira (16), aos 89 anos, em São Paulo. Segundo
nota do Hospital Oswaldo Cruz, ele estava internado em uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) desde o último dia 8 e faleceu hoje por falência múltiplas dos
órgãos.
Há pouco mais de um mês, Sílvio Luiz estava em plena
atividade na TV Record. Ele comandava a transmissão da final do Campeonato
Paulista no dia 7 de abril, para canais digitais, ao lado dos humoristas
Carioca e Bola, quando passou mal e foi levado às pressas para o hospital.
“Seu legado e contribuição para a televisão brasileira, para
o jornalismo e para o esporte são inestimáveis. Nossos mais profundos
sentimentos a sua esposa Márcia, seus filhos Alexandre, Andréa e André, seus
netos e amigos”, lamentou a Record.
A comoção pela morte do locutor, ícone da irreverência
durante as transmissões, tomou conta das redes sociais, com inúmeras publicações
de clubes (Santos, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo) além de personalidades do
esporte (Denilson, Everaldo Marques, Andre Rizek).
Autor de grandes bordões durante a narração de partidas de
futebol – entre eles “Olho no lance” e “Pelas barbas do profeta” -, Silvio Luiz
Peres Machado de Souza nasceu na capital paulista em 14 de julho de 1934. A
trajetória do jornalista começou aos 18 anos, na Rádio São Paulo, e logo no ano
seguinte foi contratado pelo TV Record. Foi na emissora que ele se tornou o primeiro
repórter em campo da tevê brasileira.
Antes mesmo de abraçar a carreira de locutor esportivo,
Sílvio Luiz esteve em campo, atuando como árbitro de futebol na década de 1960
e 1970. Mas foi como locutor esportivo que ele conquistou milhares de fãs de
esporte por todo o país. Narrou várias Copas do Mundos e ficou conhecido como
“legendador de imagens”, por seu estilo único de enxergar a partida. Optou por
não narrar "gol" no momento mágico da bola balançando a rede, para
fugir da mesmice. Quando o futebol em campo era sofrível de se ver, Silvio Luiz
aproveitava da irreverência para dar receitas durante a transmissão. Ao longo
da carreira trabalhou na Rádio Bandeirantes, SBT, TV Excelsior e TV Paulista,
entre outros veículos.
Bordões que se
tornaram clássicos
"Está valendo"
"Acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui"
"Pelas barbas do profeta"
"Olho no lance"
"Pelo amor dos meus filhinhos"
"O que eu vou dizer lá em casa?"
"Confira comigo no replay"
"Balançou o capim no fundo do gol"
"Foi, foi, foi, foi ele... o craque da camisa
número..."
Cláudia Soares Rodrigues/Agência Brasil